Patrimônio Cultural Fluminense

Thursday, May 18, 2006

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

ABAIXO-ASSINADO DENUNCIA

AMEAÇAS À IGREJA DO PILAR



Professores e pesquisadores da História da Baixada entregam nesta quinta-feira (18/05), às 10:00 horas, um abaixo-assinado à direção do IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – no centro do Rio, onde denunciam os riscos que representam para a Igreja de Nossa Senhora do Pilar, em Duque de Caxias, as obras que o DER vem realizando para duplicação da Avenida Presidente Kennedy, antiga Estrada Rio-Petrópolis. O movimento foi desencadeado esta semana pela APPH – Associação de Professores e Pesquisadores da História da Baixada – e o LAB – Laboratório de Arqueologia Brasileira – instituições formadas a partir de um grupo de professores do Curso de História da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da FEUDUC – Fundação Universidade de Duque de Caxias, a primeira Faculdade do gênero na Baixada, que funciona em S. Bento, a poucos quilômetros do bairro do Pilar.
Na terça-feira, no início da noite, alunos e professores da FEUDUC interromperam o trânsito na Avenida Presidente Kennedy, em frente à Faculdade de Letras, para protestar contra o descaso das autoridades das Secretarias de Cultura do Estado e do Município, diante do risco que representa para a Igreja do Pilar a duplicação da pista da Avenida Presidente Kennedy. Com as obras, os veículos de carga passarão junto à Igreja, cuja construção é de 1774. A Avenida Presidente Kennedy é hoje o principal eixo rodoviário que liga os Distritos de Duque de Caxias e acesso à Rodovia Presidente Dutra, através de Belford Roxo e muito utilizado pelos caminhões-tanques que levam combustíveis da Reduc para as cidades situadas ao longo da Rodovia Presidente Dutra entre a Baixada Fluminense e Volta Redonda. Para este domingo, está previsto um abraço simbólico à Igreja do Pilar, a partir das 9:00 horas.
A Igreja do Pilar foi construída ao lado do porto do Pilar, que recebia metais e pedras preciosas de Vila Rica, até ali transportados em lombo de burro, para serem embarcados em direção ao porto do Rio de Janeiro, atual Praça XV, onde era feito o transbordo para navios que seguiam em direção à Europa. Além dos fazendeiros da região, a Igreja do Pilar também era visitada por Tiradentes que, como alferes, era o chefe da guarda real que fiscalizava o transporte pela Estrada Nova das Gerais, que ligava o porto do Pilar à Vila Rica, atual Ouro Preto.

Quarta-feira, Maio 17, 2006
Alberto Marques, Duque de Caxias, RJ

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